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31 de Dezembro - Santo do Dia

São Silvestre I


A Igreja deixou de sofrer as sanguinárias perseguições e saiu da clandestinidade, no século IV, sob o império do imperador bizantino Constantino, que se converteu à fé em Cristo. Desse modo, o cristianismo se expandiu livremente, tendo no comando da Igreja um papa à altura para estruturá-lo como uma organização eclesiástica duradoura. Era Silvestre I, um romano eleito em 314. Tanto assim que sobreviveu a muitas outras turbulências para chegar, triunfante, ao terceiro milênio.
Embora o imperador Constantino tenha deixado florescer a semente plantada pelos apóstolos de Jesus, após anos de perseguições e ter feito tantos mártires, o cristianismo ainda não estava em completa paz. Até o imperador convertido foi convocado para ajudar a manter a paz da Igreja, e ele obedeceu ao papa Silvestre I. Quando irrompeu o cisma na África, o imperador usou sua autoridade para manter a paz, inclusive para o Império. Além disso, foi orientado a ser o autor da convocação do Concílio de Nicéia, o primeiro da Igreja, em 325, no qual a Igreja de Roma saiu vencedora, aprovando o credo contra a heresia ariana.
Tudo isso acontecia com o papa Silvestre I já bem idoso. Como não agüentaria a viagem, mandou representantes à altura para que a Igreja se firmasse no encontro: o bispo Ósio, de Córdoba, e mais dois sacerdotes assessores. Como havia harmonia entre o papa e Constantino, a Igreja conseguir bons resultados também no sínodo. Recebeu um forte apoio financeiro para a construção de valiosos edifícios eclesiásticos, que também marcaram o governo desse papa.
A construção mais importante, sem dúvida, foi a basílica em honra de são Pedro, no monte Vaticano, em Roma. O local era um antigo cemitério pagão, o que fez aumentar muito a importância e o significado de a construção dedicada a Pedro ter sido feita ali. Quem descobriu isso foi o papa Pio XII, comandando escavações no local em 1939. Outra foi a Basílica de São Paulo Extra-Muro, e também a dedicada a são João, em Roma.
Também por causa de Silvestre, Constantino patrocinou à Igreja um ato histórico e de muita relevância para a humanidade e o catolicismo: doou seu próprio palácio Lateralense, para servir de moradia para os papas, e toda a cidade de Roma e algumas outras vizinhas para a Igreja. Mas esses atos não ocorreram porque Constantino tinha-se convertido ou por interferência de sua mãe Helena: o grande mérito se deve ao trabalho do papa Silvestre I. Podemos analisar melhor com a atitude de Constantino, que nunca se deixou batizar. A conversão total veio no leito de morte, quando pediu o batismo e recebeu a comunhão. Constantino está, agora, incluído no livro dos santos, ao lado de sua mãe.
Quanto ao papa são Silvestre I, morreu em 335, depois de ter permanecido no trono de Pedro durante vinte e um anos, e produzido tantos e bons frutos para o cristianismo. No ano seguinte ao da sua morte, começou a ser dedicada a são Silvestre uma festa no dia 31 de dezembro, enquanto, no Oriente, ele é celebrado dois dias depois.





Santo do Dia - Sagrada Família



Se o Natal tiver sido ao domingo; não tendo sido assim, a Sagrada Família celebrar-se-á no domingo dentro da Oitava do Natal.
O exemplo de Nazaré
Nazaré é a escola em que se começa a compreender a vida de Jesus, é a escola em que se inicia o conhecimento do Evangelho. Aqui se aprende a observar, a escutar, a meditar e a penetrar o significado tão profundo e misterioso desta manifestação do Filho de Deus, tão simples, tão humilde e tão bela. Talvez se aprenda também, quase sem dar por isso, a imitá-la.
Aqui se aprende o método e o caminho que nos permitirá compreender facilmente quem é Cristo. Aqui se descobre a importância do ambiente que rodeou a sua vida, durante a sua permanência no meio de nós: os lugares, os tempos, os costumes, a linguagem, as práticas religiosas, tudo o que serviu a Jesus para Se revelar ao mundo. Aqui tudo fala, tudo tem sentido. Aqui, nesta escola, se compreende a necessidade de ter uma disciplina espiritual, se queremos seguir os ensinamentos do Evangelho e ser discípulos de Cristo. Quanto desejaríamos voltar a ser crianças e acudir a esta humilde e sublime escola de Nazaré! Quanto desejaríamos começar de novo, junto de Maria, a adquirir a verdadeira ciência da vida e a superior sabedoria das verdades divinas!
Mas estamos aqui apenas de passagem e temos de renunciar ao desejo de continuar nesta casa o estudo, nunca terminado, do conhecimento do Evangelho. No entanto, não partiremos deste lugar sem termos recolhido, quase furtivamente, algumas breves lições de Nazaré.
Em primeiro lugar, uma lição de silêncio. Oh se renascesse em nós o amor do silêncio, esse admirável e indispensável hábito do espírito, tão necessário para nós, que nos vemos assaltados por tanto ruído, tanto estrépito e tantos clamores, na agitada e tumultuosa vida do nosso tempo. Silêncio de Nazaré, ensina-nos o recolhimento, a interioridade, a disposição para escutar as boas inspirações e as palavras dos verdadeiros mestres. Ensina-nos a necessidade e o valor de uma conveniente formação, do estudo, da meditação, da vida pessoal e interior, da oração que só Deus vê.
Uma lição de vida familiar. Que Nazaré nos ensine o que é a família, a sua comunhão de amor, a sua austera e simples beleza, o seu caráter sagrado e inviolável; aprendamos de Nazaré como é preciosa e insubstituível a educação familiar e como é fundamental e incomparável a sua função no plano social.
Uma lição de trabalho. Nazaré, a casa do Filho do carpinteiro! Aqui desejaríamos compreender e celebrar a lei, severa mas redentora, do trabalho humano; restabelecer a consciência da sua dignidade, de modo que todos a sentissem; recordar aqui, sob este teto, que o trabalho não pode ser um fim em si mesmo, mas que a sua liberdade e dignidade se fundamentam não só em motivos econômicos, mas também naquelas realidades que o orientam para um fim mais nobre. Daqui, finalmente, queremos saudar os trabalhadores de todo o mundo e mostrar-lhes o seu grande Modelo, o seu Irmão divino, o Profeta de todas as causas justas que lhes dizem respeito, Cristo Nosso Senhor.
João Paulo II, na Carta dirigida à família, por ocasião do Ano Internacional da Família, 1994, escreve:
A Sagrada Família é a primeira de tantas outras famílias santas. O Concílio recordou que a santidade é a vocação universal dos batizados (LG 40). Como no passado, também na nossa época não faltam testemunhas do "evangelho da família", mesmo que não sejam conhecidas nem proclamadas santas pela Igreja...
A Sagrada Família, imagem modelo de toda a família humana, ajude cada um a caminhar no espírito de Nazaré; ajude cada núcleo familiar a aprofundar a própria missão civil e eclesial, mediante a escuta da Palavra de Deus, a oração e a partilha fraterna da vida! Maria, Mãe do amor formoso, e José, Guarda e Redentor, nos acompanhem a todos com a sua incessante proteção.
Sagrada Família de Nazaré, rogai por nós!
Da alocução de Paulo VI, Papa, em Nazaré, 5.1.1964:

Outro Santo

São Rugero

Rugero nasceu entre 1060 e 1070, na célebre e antiga cidade italiana de Cane. O seu nome, de origem normanda, sugere que seja essa a sua origem. Além dessas poucas referências imprecisas, nada mais se sabe sobre sua vida na infância e juventude. Mas ele era respeitado, pelos habitantes da cidade, como um homem trabalhador, bom, caridoso e muito penitente. Quando o bispo de Cane morreu, os fiéis quiseram que Rugero ficasse no seu lugar de pastor. E foi o que aconteceu: aos trinta anos de idade, ele foi consagrado bispo de Cane.
No século II, essa cidade havia sido destruída pelo imperador Aníbal, quando expulsou o exército romano. Depois, ela retomou sua importância no período medieval, sendo até mesmo uma sede episcopal. No século XI, mais precisamente em 1083, por causa da rivalidade entre o conde de Cane e o duque de Puglia, localidade vizinha, a cidade ficou novamente em ruínas.
O bispo Rugero assumiu a direção da diocese dentro de um clima de prostração geral.
Assim, depois desse desastre, seu primeiro dever era tratar da sobrevivência da população abatida pelo flagelo das epidemias do pós-guerra. Ele transformou a sua sede numa hospedaria aberta dia e noite, para abrigar viajantes, peregrinos e as viúvas com seus órfãos. Possuindo o dom da cura, socorria a todos, incansável, andando por todos os cantos, descalço. Doava tudo o que fosse possível e a sua carruagem era usada apenas para transportar os doentes e as crianças.
Todavia esse século também foi um período conturbado para a história da Igreja. Com excessivo poder civil estava dividida entre religiosos corruptos e os que viviam em santidade. Rugero estava entre os que entendiam o episcopado como uma missão e não como uma posição de prestígio para ser usada em benefício próprio. Vivia para o seu rebanho, seguindo o ensinamento de são Paulo: "Tudo para todos".
Por tudo isso e por seus dons de conselho e sabedoria, no seu tempo foi estimado por dois papas: Pascoal II e Celásio II. Para ambos, executou missões delicadas e os aconselhou nas questões das rivalidades internas da Igreja, que tentava iniciar sua renovação.
Entrou rico de merecimentos no Reino de Deus, no dia 30 de dezembro de 1129, em Cane, onde foi sepultado na catedral. Considerado taumaturgo em vida, pelos prodígios que promovia com a força de suas orações, logo depois de sua morte os devotos divulgaram a sua santidade.
No século XVIII, a cidade de Cane praticamente já não existia. A população se transferira para outra mais próspera, Barleta. Mas eles já cultuavam o querido bispo Rugero como santo. Pediram a transferência das suas relíquias para a igreja de Santa Maria Maior, em Barleta. Depois, foi acolhido na sepultura definitiva na igreja do Mosteiro de Santo Estêvão, atual Santuário de São Rugero. Os devotos o veneram no dia de sua morte como o bispo de Cane e o padroeiro de Barleta. Em 1946, são Rugero foi canonizado pela Igreja.

28 de Dezembro - Santo do Dia

Santos Inocentes


Os santos inocentes são as crianças do sexo masculino que foram sacrificadas na cidade de Belém, cidade onde nasceu Jesus e cujas mortes foram relatadas em Mateus 2:1-18.Essas crianças foram assassinadas pelos soldados cumprindo a ordem do Rei Herodes de modo a prevenir a velha profecia que o Rei dos Judeus e iria nascer naquela cidade e seria o rei de todos os povos. Não entendendo bem o tipo do reino, Herodes ordenou a matança de todas as crianças de menos de um ano. Não se sabe quantos foram assassinados, mas pode-se deduzir que não foram muitos porque a população de Belém não era grande naquela época. Um anjo avisou São José que fugiu com a Sagrada Família para a o Egito, fato esse gravado por vários pintores célebres. De acordo com a lenda um dos próprios filhos de Herodes, que estava com uma enfermeira em Belém, foi também assassinado.
A festa dos santos inocentes é celebrada no dia 28 de dezembro.

27 de Dezembro - Sagrada Família

Evangelho (Lucas 2,41-52)

— O Senhor esteja convosco!
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, † segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor!

Os pais de Jesus iam todos os anos a Jerusalém, para a festa da Páscoa. Quando ele completou doze anos, subiram para a festa, como de costume. Passados os dias da Páscoa, começaram a viagem de volta, mas o menino Jesus ficou em Jerusalém, sem que seus pais o notassem. Pensando que ele estivesse na caravana, caminharam um dia inteiro. Depois começaram a procurá-lo entre os parentes e conhecidos. Não o tendo encontrado, voltaram para Jerusalém à sua procura. Três dias depois, o encontraram no Templo. Estava sentado no meio dos mestres, escutando e fazendo perguntas. Todos os que ouviam o menino estavam maravilhados com sua inteligência e suas respostas. Ao vê-lo, seus pais ficaram muito admirados e sua mãe lhe disse:
— “Meu filho, por que agiste assim conosco? Olha que teu pai e eu estávamos, angustiados, à tua procura”.
Jesus respondeu:
— “Por que me procuráveis? Não sabeis que devo estar na casa de meu Pai?”
Eles, porém, não compreenderam as palavras que lhes dissera.
Jesus desceu então com seus pais para Nazaré, e era-lhes obediente. Sua mãe, porém, conservava no coração todas estas coisas.
E Jesus crescia em sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e diante dos homens.
- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Comentário do Evangelho
"Deus precisou de uma família para vir morar entre nós..."


Hoje é o dia da Sagrada Família. Jesus, Maria e José são apresentados pela Sagrada Escritura como modelo de Família para a humanidade. Cumpriam a Lei, frequentavam o Templo e também se preocupavam uns com os outros.

Muitas coisas que aconteciam na vida de Jesus não eram tão claras como hoje nós as compreendemos. Até porque somente após o evento pascal, com o o envio do Espírito Santo os apóstolos começaram a enteder e a trasmitir para a Igreja a genuina revelação.

Enquanto não se esclareciam as atitudes de Jesus, o que ele realmente queria dizer, Maria guardava tudo em seu coração. É no silêncio do coração de Maria que encontramos a resposta para a nossa incredulidade e falta de confiança.Maria entregou-se plenamente à providência divina. Guardava e esperava, ou seja, rezava e confiava em Deus. Assim foi sua missão na terra.

O carinho e o silêncio de José nos mostra que mais o importante é o testemunho. O seu exemplo de Pai Zeloso, que acompanha a mãe e o filho em todos os momentos, inclusive o de ir à Sinagoga (Igreja).

Como é bonito ver a família chegando à Igreja para a oração dominical. Algum tempo atrás víamos isso com mais frequência. Hoje é muito raro mas ainda tem família que faz isto. Os pais acompanham seus filhos para a celebração da missa.

A Família é instituição divina, abençoada por Deus para ser no mundo um ambiente acolhedor, onde as crianças aprendem através do amor de seus pais a serem promotores da vida e da paz.

Pe. Severino Isaías de Lima, sjc

27 de Dezembro - Santo do Dia

São João Evangelista


É muito difícil imaginar que esse autor do quarto evangelho e do Apocalípse tenha sido considerado inculto e não douto. Mas foi dessa forma que o sinédrio classificou João, o apóstolo e evangelista, conhecido como "o discípulo que Jesus amava". Ele foi o único apóstolo que esteve com Jesus até a sua morte na cruz.
João era um dos mais jovens apóstolos de Cristo, irmão do discípulo Tiago Maior, ambos filhos de Zebedeu, rico pescador da Betsaida, e de Salomé, uma das mulheres que colaboravam com os discípulos de Jesus. Assim como seu pai, João era pescador, e teve como mestre João Batista, o qual, depois, o enviou a Jesus. João, Tiago Maior, Pedro e André foram os quatro discípulos que mais participaram do cotidiano de Jesus.
Costuma ser definido, entre os apóstolos, como homem de elevação espiritual, mais propenso à contemplação do que à ação. Apesar desse temperamento, foi incumbido por Jesus com o maior número de encargos, estando presente em quase todos os momentos e eventos narrados na Bíblia. Estava presente, por exemplo, quando ressuscitou a filha de Jairo, na Transfiguração de Jesus e na sua aflição no Getsêmani. Também na última ceia, durante o processo e, como vimos, foi o único na hora final. Na cruz, Jesus, vendo-o ao lado da Virgem, lhe confiou a tarefa de cuidar da Mãe, Maria.
Os detalhes que se conhece revelam que, após o Pentecostes, João ficou pregando em Jerusalém. Participou do Concílio de Jerusalém, depois, com Pedro, se transferiu para a Samaria. Mas logo foi viver em Éfeso, na companhia de Nossa Senhora. Dessa cidade, organizou e orientou muitas igrejas da Ásia. Durante o governo do imperador Domiciano, foi preso e exilado na ilha de Patmos, na Grécia, onde escreveu o quarto evangelho, o Apocalipse e as epístolas aos cristãos.
Diz a tradição que, antes de o imperador Domiciano exilar João, ele teria sido jogado dentro de um caldeirão de óleo fervente. Mas saiu ileso, vivo, sem nenhuma queimadura. João morreu, após muito sofrimento por todas as perseguições que sofreu durante sua vida, por pregar a Palavra de Deus, e foi sepultado em Éfeso. Tinha noventa anos de idade.
O evangelho de João fala dos mistérios de Jesus, mostrando os discursos do Mestre com uma visão mais aguçada, mais profunda. Enquanto os outros três descrevem Jesus em ação, João nos revela Jesus em comunhão e meditação, ou seja, em toda a sua espiritualidade. Os primeiros escritos de João foram encontrados em fragmentos de papiros no Egito, por isso alguns estudiosos acreditam que ele tenha visitado essas regiões.

Dia de Natal



O Natal é a data mais plena de encantamento e de amor, em que todas as famílias do mundo, incluídas as não-cristãs, se reúnem para cultuar, nos seus lares, sua simbologia. Na noite de 24 para 25 de dezembro, conhecida há mais de vinte séculos como a Noite de Natal, festeja-se em todo o mundo cristão o nascimento do Menino-Deus, com manifestações de grande alegria e da mais sincera devoção. Antes de Cristo, vários povos europeus festejavam essa época do ano por se tratar do solstício de inverno do hemisfério norte, quando há a noite mais longa do ano. Para essa população supersticiosa, era nesse dia que o Sol vencia a batalha contra as trevas e as noites ficavam mais curtas. Esse era "o dia do sol invencível", com celebrações e homenagens ao deus do tempo. Após as conquistas do imperador Júlio César por toda a Europa, houve a reforma do calendário, e o dia do solstício de inverno passou para 25 de dezembro, com o nome de "o dia do nascimento", em referência ao nascer do sol.
Com a conversão do imperador Constantino ao cristianismo, a figura de Cristo ganhou cada vez mais importância nos assuntos do Império Romano. Um fato tão importante como a vinda do Filho de Deus mereceria ser lembrado numa ocasião especial, que se tornou tradição.
Historicamente, não se tem certeza a respeito da data do nascimento de Jesus. Diz o Evangelho que o anjo Gabriel apareceu à Virgem Maria e anunciou o nascimento do Filho de Deus. Ao nascer em Belém, uma cidade da Palestina, Jesus foi colocado numa manjedoura. Mas não se sabe o dia e o mês de seu nascimento, porque os evangelistas não relataram esses pormenores. A data foi escolhida como a mais provável de seu nascimento, em conformidade com os acontecimentos bíblicos e por razões tradicionais do povo cristão.
Em 354, a Igreja católica resolveu aproveitar a festa do "sol invencível", ou "dia do nascimento", para celebrar o Sol Verdadeiro e o Nascimento Verdadeiro da humanidade, que é Jesus Cristo. Por isso, nesse mesmo ano, o papa Libério promulgou a lei eclesiástica que estabeleceu o dia 25 de dezembro como o Natal de Cristo Jesus.
Quando o dia 25 se aproxima, o amor ao próximo renasce no coração das pessoas e o ar fica carregado de grande e alegre expectativa.
No Natal, há outra figura tradicional: o Papai Noel, um bom velhinho que nessa noite visita as crianças, colocando um presente sob a árvore de Natal, enquanto elas dormem. Assim, ano após ano, segue a tradição dessa noite extraordinária, cuja origem se perde na noite dos tempos e perpetua o advento da vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Referência:
Datas comemorativas: cívicas e históricas

Mensagem de Natal

Desejamos uma Semana Abençoada

Nesta semana celebraremos o Natal de Jesus.
Será que estamos realmente preparados?
Jesus continua procurando um lugar
com o fez há mais de 2000 anos.
Hoje o comércio, os negócios e tantas outras coisas
tentam mostrar que este momento é do Papai Noel.
De fato Jesus é o dono da Festa!
Não que eu tenha alguma coisa contra o bom velhinho
que fica nos shopings anunciando: venham comprar!
E ainda por cima dando risadas ho, ho, ho.
Não sabemos se ele está debochando de nós ou revelando sua alegria por ver mais uma criança querendo um brinquedo. De qualquer modo as duas atitudes estariam erradas.
"Temos que acreditar é no Papai do Céu e não no Papai Noel", foi o que disse um pastor amigo meu. Concordo plenamente com esta opinião. Muitas crianças de hoje relacionam imediatamente o Natal ao Papai Noel e não a Jesus.
Aqui fica este questionamento: Estamos realmente preparados para celebrar o verdadeiro sentido do Natal?
Pe. Severino Isaías de Lima, sjc

Bento XVI: todos podem encontrar Jesus

Todos nós podemos “encontrar o Senhor Jesus, que incessantemente acompanha nosso caminho, faz-se presente no pão eucarístico e em sua Palavra para a nossa salvação”, afirmou hoje Bento XVI, por ocasião da audiência geral dedicada ao monge beneditino do século XII Ruperto de Deutz.
Durante o encontro realizado na Sala Paulo VI, o pontífice recordou os ensinamentos mais significativos deste importante teólogo, que soube “conjugar o estudo racional dos mistérios da fé com a oração e a contemplação, considerada como o cume de todo conhecimento de Deus”.
Em uma época “marcada pelos enfrentamentos entre o papado e o império, por causa da chamada ‘querela das investiduras’”, Ruperto soube escolher o caminho do exílio para poder permanecer fiel ao pontífice, mostrando que, “quando surgem controversas na Igreja, a referência ao ministério petrino garante a fidelidade à sã doutrina e dá serenidade e liberdade interior”.
Ruperto, segundo recordou o Papa, interveio em várias importantes discussões teológicas da sua época, como “decidido defensor do realismo eucarístico” contra os que propugnavam “interpretação reducionista da presença de Cristo no sacramento da Eucaristia”.
Este é um ensinamento de grande atualidade para a nossa época, explica o Papa, na qual “existe o perigo de redimensionar o realismo eucarístico, isto é, considerar a Eucaristia quase como somente um rito de comunhão, de socialização, esquecendo muito facilmente que na Eucaristia realmente está presente Cristo ressuscitado – com seu corpo ressuscitado –, que se coloca em nossas mãos para fazer-nos sair de nós mesmos, incorporar-nos ao seu corpo imortal e guiar-nos assim à vida nova”.
Outra controversa da qual o monge de Deutz participou estava relacionada à “conciliação da bondade e onipotência de Deus com a existência do mal”.
O abade reagiu contra a postura assumida pelos professores da escola teológica de Laon, que afirmavam que “Deus permite o mal sem aprová-lo e, portanto, sem querê-lo”.
Ruperto, explicou o Papa, “parte da bondade de Deus, da verdade de que Deus é sumamente bom e não pode deixar de querer o bem. Assim, identifica a origem do mal no próprio homem e no uso equivocado da liberdade humana”.
“Quando Ruperto enfrenta este tema, escreve páginas cheias de inspiração religiosa para louvar a misericórdia infinita do Pai, a paciência e a benevolência de Deus pelo homem pecador.”
Como outros teólogos do Medievo, também Ruperto se perguntava por que o Verbo de Deus, o Filho de Deus, se fez homem, afirmou o Papa, acrescentando que a sua é “uma visão cristocêntrica da história da salvação”.
Ruperto “sustenta a postura de que a Encarnação, acontecimento central de toda a história, havia sido prevista desde a eternidade, ainda independentemente do pecado do homem, para que toda a criação pudesse louvar Deus Pai e amá-lo como uma única família reunida ao redor de Cristo, o Filho de Deus”.
Ele “vê então, na mulher grávida do Apocalipse, toda a história da humanidade, que está orientada a Cristo, assim como a concepção está orientada ao parto, uma perspectiva que foi desenvolvida por outros pensadores e valorizada também pela teologia contemporânea, a qual afirma que toda a história do homem e da humanidade é concepção orientada ao parto de Cristo”.

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