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Papa entrega a jovens africanos sua encíclica para mudar o continente

Bento XVI entregou a jovens africanos sua recente encíclica social, Caritas in Veritate, como uma bússola para mudar as injustiças que continuam afligindo esse continente.
A entrega do documento aconteceu no final do Rosário “pela África e com a África” que, graças às novas tecnologias da comunicação, uniu este sábado universitários de várias cidades do continente com a Sala Paulo VI do Vaticano, onde se encontravam os participantes do segundo Sínodo da África, assim como universitários italianos e da África residentes em Roma.
A eles se uniram, através de uma conexão televisiva por satélite, milhares de estudantes desde centros acadêmicos ou igrejas de nove capitais africanas: Cairo (Egito), Nairobi (Quênia), Cartum (Sudão), Antananarivo (Madagascar), Johannesburgo (África do Sul), Onitsha (Nigéria), Kinshasa (República Democrática do Congo), Maputo (Moçambique), Uagadugu (Burkina Faso).
Das mãos do Papa, de maneira simbólica, receberam a encíclica quinze universitários presentes no Vaticano. Nas demais sedes, também se distribuíram cópias da encíclica aos universitários.
No discurso que dirigiu em vários idiomas, o Papa sublinhou que o futuro da África depende em boa parte da formação de seus jovens, em particular de seus universitários.


“Neste contexto, a vós, queridos jovens, encomendei idealmente a encíclica Caritas in Veritate, na qual exorto sobre a urgência de elaborar uma nova síntese humanística (Cf. nº 21) que volte a estreitar os laços entre a antropologia e a teologia”.
“Queridos universitários de Roma e da África – exortou –, peço-vos que sejais, na Igreja e na sociedade, operadores da caridade intelectual, necessária para enfrentar os grandes desafios da história contemporânea”.
“A vós, queridos estudantes africanos, dirijo-vos um convite especial para viver o tempo do estudo como uma preparação a desempenhar um serviço de animação cultural em vossos países”, concluiu. “A nova evangelização na África conta também com vosso generoso esforço”.
O encontro foi organizado pela secretaria geral do Sínodo dos Bispos e pelo Escritório Pastoral Universitária do Vicariato de Roma, por ocasião da II Assembleia para África do Sínodo dos Bispos.
Desde cada um dos países conectados, a quem se uniu por rádio jovens de Madagascar, Guiné Equatorial e outras zonas da África, o Papa recebeu saudações.
Logo, graças aos telões presentes na sala, o bispo de Roma pôde continuar as celebrações da memória do batismo e do rito da aspersão com a água benta, que aconteceram na capital egípcia, onde Sherif Samir, estudante de engenharia, copto católico, ofereceu seu testemunho sobre o laço entre os sacramentos e a vida universitária.
Sucessivamente, no restante da assembleia conectada por satélite, os bispos que presidiam a liturgia aspergiram os presentes com a água benta, símbolo batismal. Rezaram os mistérios gloriosos. O Papa introduziu o Pai-Nosso e logo se ofereceu um mistério do Rosário para uma cidade diferente por esta ordem: Nairobi, Kinshasa, Johannesburgo, Cartum e Uagadugu.
O canto das ladainhas dos santos foi elevado desde Onitsha no idioma local.
Quando o Papa deixou a sala, uma cruz de madeira, cópia da cruz das Jornadas Mundiais da Juventude, precedeu uma peregrinação que concluiu pelas ruas de Roma até a sede da Universidade LUMSA.
Antes da chegada do Papa, foram apresentados testemunhos de reconciliação, justiça e paz – temas do Sínodo da África –, expostos por universitários da Nigéria, Burkina Faso, Quênia e Moçambique.
Entre os que mais impressionaram os jovens destaca o de Helcido Manuel Parruque, estudante de eltrônica em Maputo, que recordou que “a guerra destrói tudo: a esperança, o sorriso, o futuro, os sonhos, a economia”.
“Só quem viu a guerra – concluiu – sabe quão necessária é a paz”.

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