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Paquistão: primeiro canal católico de TV do país inicia transmissões
3/31/2010 12:21:00 PM | Postado por
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“Good News”, o primeiro canal católico de televisão via satélite do Paquistão, mantido pela arquidiocese de Karachi, iniciou transmissões regulares em 23 de março, dia em que se celebra o Dia do Paquistão em todo o país.
Participaram da cerimônia de inauguração, além de sacerdotes, irmãs e seminaristas, diversas personalidades da mídia paquistanesa, da política, além de representantes da sociedade civil. Para a ocasião, “Good News" organizou uma maratona de transmissões.
O arcebispo local, Dom Evaristo Pinto, parabenizou o diretor do canal, padre Arthur Charles, pelo “pela pequena mas enérgica equipe”, que possibilitou “este notável acontecimento”. “Bem sei do duro trabalho que empreenderam para que este pudesse ser um canal diferente de todos os outros”, reconheceu.
“Não podemos ignorar os veículos de comunicação” – declarou o prelado. “Nesta era da mídia, o Senhor nos concedeu esta oportunidade de levar sua mensagem a todos”.
“Desejamos levar amor, harmonia e fraternidade. Sim! Temos Boas Novas. Levamos a mensagem de Jesus Cristo nosso Senhor, que é para todos, e queremos divulgá-la para que as pessoas aprendam a viver em harmonia”, acrescentou.
O canal pode ser assistido no Paquistão via cabo o por satélite. O sinal de satélite cobre uma vasta área, atingindo regiões da Ásia, África, Oceania e Europa.
"Good News" se concentra no público e pretende oferecer uma programação de alta qualidade. Para isso, conta com uma equipe de jornalistas e especialistas em comunicação. Espera-se que venha a transformar gradualmente a cena informativa no Paquistão.
“Nossa programação inclui a transmissão da Missa cotidiana, da oração do Santo Rosário, documentários sobre a vida dos santos, além de notícias gerais, atualidades, programas educativos, música e entretenimento, explicou o padre Charles.
"'Good News’ não pretende ser apenas mais um canal de TV. Queremos fazer a diferença, oferecendo ao país uma programação de primeira qualidade”, continuou.
"Good News TV dará ênfase nos valores, transmitindo um conteúdo que não se encontra em outros canais televisivos”.
“Há muitos aspectos que merecem ser mencionados, mas talvez o mais importante é que o canal ajudará a reforçar a fé de nossa população, divulgando os verdadeiros ensinamentos da Igreja católica”, concluiu o padre Charles.
Reforma de Bento XVI: inovação e tradição na liturgia
3/30/2010 06:55:00 AM | Postado por
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Em julho de 2007, com o motu proprio “Summorum Pontificum”, Bento XVI restabeleceu a celebração da Missa segundo o rito tridentino.
O fato suscitou uma agitação. Elevaram-se vibrantes vozes de protesto, mas também aclamações valentes.
Para explicar o sentido e a prática da reforma litúrgica de Bento XVI, Nicola Bux, sacerdote e especialista em liturgia oriental, além de consultor do Ofício de Celebrações Litúrgicas do Sumo Pontífice, publicou o livro La riforma di Benedetto XVI. La liturgia tra innovazione e tradizione (Piemme, Casale Monferrato 2008), com prólogo de Vittorio Messori.
No livro, o especialista explica que a recuperação do rito latino não é um retrocesso, uma volta à época anterior ao Concílio Vaticano II, mas sim um olhar adiante, recuperando da tradição passada o mais belo e significativo que esta pode oferecer à vida presente da Igreja.
Segundo Bux, o que o Pontífice pretende fazer em sua paciente obra de reforma é renovar a vida do cristão, os gestos, as palavras, o tempo cotidiano, restaurando na liturgia um sábio equilíbrio entre inovação e tradição, fazendo surgir, com isso, a imagem de uma Igreja sempre em caminho, capaz de refletir sobre si mesma e de valorizar os tesouros dos quais é rico seu depósito milenar.
Para tentar aprofundar no significado e no sentido da liturgia, em suas mudanças, na relação com a tradição e no mistério da linguagem com Deus, Zenit entrevistou Nicola Bux.
-O que é a liturgia e por que ela é tão importante para a Igreja e para o povo cristão?
Bux: A sagrada liturgia é o tempo e o lugar no qual certamente Deus vai ao encontro do homem. Portanto, o método para entrar em relação com Ele é precisamente o de dar-lhe culto: Ele nos fala e nós lhe respondemos; agradecemos e Ele se comunica conosco. O culto, do latim colere – cultivar uma relação importante –, pertence ao sentido religioso do homem, em toda religião, desde os tempos mais remotos.
Para o povo cristão, a sagrada liturgia e o culto divino realizam, portanto, a relação com tudo o que existe de mais querido, Jesus Cristo Deus. O atributo “sagrada” significa que nela tocamos sua presença divina. Por isso, a liturgia é a realidade e a atividade mais importantes para a Igreja.
-Em que consiste a reforma de Bento XVI e por que ela suscitou tantas reações?
Bux: A reforma da liturgia, segundo a constituição litúrgica do Concílio Vaticano II, como instauratio, isto é, como restabelecimento no lugar correto da vida eclesial, não começa com Bento XVI, mas com a própria história da Igreja, desde os apóstolos à época dos mártires, do Papa Dâmaso até Gregório Magno, de Pio V e Pio X a Pio XII e Paulo VI.
A instauratio é contínua, porque o risco de que a liturgia decaia do seu lugar, que é o de ser fonte da vida cristã, existe sempre; a decadência chega quando o culto divino é submetido ao sentimentalismo e ao ativismo pessoais de clérigos e leigos que, penetrando-o, transformam-no em obra humana e entretenimento espetacular: um sintoma hoje é, por exemplo, o aplauso na Igreja, que sublinha indistintamente o batismo de um recém-nascido e a saída de um caixão em um funeral.
Uma liturgia convertida em entretenimento não precisa de uma reforma? Isso é o que Bento XVI está fazendo: o emblema da sua obra reformadora será o restabelecimento da cruz no centro do altar, para fazer compreender que a liturgia está dirigida ao Senhor e não ao homem, ainda que este seja ministro sagrado.
A reação existe sempre em cada mudança na história da Igreja, mas não é preciso assustar-se.
-Quais são as diferenças entre os chamados inovadores e os tradicionalistas?
Bux: Estes dois termos devem antes ser esclarecidos. Se inovar significa favorecer a instauratio da qual falávamos, é precisamente o que está faltando; assim também quanto à traditio, que significa proteger o depósito revelado, sedimentado também na liturgia. Se, no entanto, inovar significa transformar a liturgia de obra de Deus em ação humana, oscilando entre um gosto arcaico, que quer conservar dela somente os aspectos que agradam, e um conformismo segundo a moda do momento, estaríamos no mau caminho. Ou ao contrário: ser conservadores de tradições meramente humanas, que se sobrepuseram como incrustação na pintura e não permitem que percebamos a harmonia do conjunto.
Na verdade, os dois opostos acabam coincidindo, revelando sua contradição. Um exemplo: os inovadores sustentam que a Missa antigamente era celebrada dirigida ao povo. Os estudos demonstram o contrário: a orientação ad Deum, ad Orientem, é a própria do culto do homem a Deus. Pensemos no judaísmo. Ainda hoje, todas as liturgias orientais conservam isso. Como é possível que os inovadores, amantes da restauração dos elementos antigos na liturgia pós-conciliar, não o tenham conservado?
-Que significado tem a tradição na história e na fé cristãs?
Bux: A tradição é uma das fontes da Revelação: a liturgia, como diz o Catecismo (n. 1124), é seu elemento constitutivo. Bento XVI, no livro “Jesus de Nazaré”, recorda que a Revelação se tornou liturgia. Depois, temos as tradições de fé, de cultura, de piedade que entraram e revestiram a liturgia, de maneira que conhecemos várias formas de ritos no Oriente e no Ocidente. Todos compreendem, portanto, por que a constituição sobre liturgia, no n. 22, § 3, afirma peremptoriamente: “Ninguém mais, mesmo que seja sacerdote, ouse, por sua iniciativa, acrescentar, suprimir ou mudar seja o que for em matéria litúrgica”.
-Você acha que seria possível voltar à Missa em latim hoje?
Bux: O Missal Romano renovado por Paulo VI está em latim e constitui a edição chamada típica, porque a ela devem se referir as edições em línguas atuais preparadas pelas conferências episcopais nacionais e territoriais, aprovadas pela Santa Sé. Portanto, a Missa em latim continuou sendo celebrada também com o novo Ordo, ainda que raramente. Isso acabou contribuindo para a impossibilidade de uma assembleia composta de línguas e nações participar de uma Missa celebrada na língua sagrada universal da Igreja Católica de rito latino. Assim, em seu lugar, nasceram as chamadas Missas internacionais, celebradas de forma que as partes da celebração sejam recitadas ou cantadas em muitas línguas; assim, cada grupo entende somente a sua!
Havia-se mantido que o latim não era entendido por ninguém; agora, se a Missa em um santuário é celebrada em quatro idiomas, cada grupo acaba compreendendo apenas 25% dela. Além de outras considerações, como desejou o sínodo de 2005 sobre a Eucaristia, é preciso voltar à Missa em latim: pelo menos uma dominical nas catedrais e nas paróquias. Isso ajudará, no convite à sociedade multicultural atual, a recuperar a participação católica, seja quanto a sentir-se Igreja universal, seja quanto a unir-se a outros povos e nações que compõem a única Igreja. Os cristãos nacionais, ainda dando espaço às línguas nacionais, conservaram o grego e o eslavo eclesiástico nas partes mais importantes da liturgia, como a anáfora e as procissões com as antífonas para o Evangelho e o ofertório.
Para instaurar tudo isso, contribui enormemente o antigo Ordo do Missal Romano anterior, restabelecido por Bento XVI com o motu proprio “Summorum Pontificum”, que, simplificando, chama-se Missa em latim: na verdade, é a Missa de São Gregório Magno, enquanto sua estrutura básica se remonta à época desse pontífice e permaneceu intacta através dos acréscimos e simplificações de Pio V e dos demais pontífices até João XXIII. Os padres do Vaticano II a celebraram diariamente, sem advertir nenhuma oposição com relação à modernização que estavam realizando.
-Bento XVI falou do problema dos abusos litúrgicos. De que se trata?
Bux: Para dizer a verdade, o primeiro em lamentar as manipulações na liturgia foi Paulo VI, poucos anos depois da publicação do Missal Romano, na audiência geral de 22 de agosto de 1973. Paulo VI, por outro lado, estava certo de que a reforma litúrgica realizada após o Concílio verdadeiramente havia introduzido e sustentado firmemente as indicações da constituição litúrgica (cf. Discurso ao Colégio dos Cardeais, 22 de junho de 1973). Mas a experimentação arbitrária continuava e exacerbava, no entanto, a saudade do rito antigo. O Papa, no consistório de 27 de junho de 1977, admoestava os “rebeldes” pelas improvisações, banalidades, frivolidades e profanações, pedindo-lhes severamente que se ativessem à norma estabelecida para não comprometer a regula fidei, o dogma, a disciplina eclesiástica, lex credendi e orandi; e também aos tradicionalistas, para que reconhecessem a “acidentalidade” das modificações introduzidas nos ritos sagrados.
Em 1975, a bula Apostolorum Limina, de Paulo VI, para a convocação do ano santo, a propósito da renovação litúrgica, observava: “Consideramos extremamente oportuno que esta obra seja reexaminada e receba novas evoluções, de forma que, baseando-se no que foi firmemente confirmado pela autoridade da Igreja, possa-se observar em todos os lugares os que são verdadeiramente válidos e legítimos e continuar sua aplicação com zelo ainda maior, segundo as normas e métodos aconselhados pela prudência pastoral e por uma verdadeira piedade”.
Omito as denúncias de abusos e sombras na liturgia por parte de João Paulo II em muitas ocasiões, em particular na carta Vicesimus quintus annus, desde a entrada em vigor da constituição sobre liturgia. Bento XVI, portanto, pretendeu voltar a examinar e dar novo impulso precisamente abrindo uma janela com o motu proprio, para que, pouco a pouco, mude o ar e encarrilhe tudo o que foi além da intenção e da letra do Concílio Vaticano II, em continuidade com toda a tradição da Igreja.
-Você afirmou diversas vezes que, em uma liturgia correta, é necessário respeitar os direitos de Deus. Você poderia explicar isso?
Bux: A liturgia, termo que em grego indica a ação ritual de um povo que celebra, por exemplo, suas festas, como acontecia em Atenas ou como acontece ainda hoje com a inauguração das olimpíadas e outras manifestações civis, evidentemente é produzida pelo homem. A sagrada liturgia ostenta este atributo porque não está feita à nossa imagem – em tal caso, o culto seria idolátrico, isto é, criado pelas nossas mãos –, mas pelo Senhor onipotente: no Antigo Testamento, com sua presença, indicava a Moisés como ele deveria dispor, nos seus mínimos detalhes, o culto ao Deus único, junto ao seu irmão Aarão. No Novo Testamento, Jesus defendeu o verdadeiro culto, expulsando os vendedores do templo, e deu aos apóstolos as disposições para a Ceia pascal.
A tradição apostólica recebeu e relançou o mandato de Jesus Cristo. Portanto, a liturgia é sagrada, como diz o Ocidente, e é divina, como diz o Oriente, porque é instituída por Deus. São Bento a define como opus dei, obra de Deus, à qual nada deve ser anteposto. Precisamente a função mediadora entre Deus e o homem, própria do sumo sacerdócio de Cristo e exercida na e com a liturgia pelo sacerdote ministro da Igreja, testifica que a liturgia descende do céu, como diz a liturgia bizantina, baseada na imagem do Apocalipse. É Deus quem a estabelece e, portanto, indica como devemos adorá-lo “em espírito e em verdade”, isto é, em Jesus, seu Filho, e no Espírito Santo. Ele tem o direito de ser adorado como Ele quer.
Sobre tudo isso, é necessária uma profunda reflexão, porque seu esquecimento está na origem dos abusos e das profanações, já descritas admiravelmente em 2004 pela instrução Redemptionis Sacramentum, da Congregação para o Culto Divino. A recuperação do Ius divinum na liturgia contribui muito para respeitá-la como coisa sagrada, como prescreviam as normas; mas também as normas devem voltar a ser seguidas com espírito de devoção e obediência por parte dos ministros sagrados, para edificação de todos os fiéis e para ajudar muitos dos que buscam Deus a encontrá-lo vivo e verdadeiro no culto divino da Igreja.
Os bispos, sacerdotes e seminaristas devem voltar a aprender e realizar os sagrados ritos com este espírito, e assim contribuirão para a verdadeira reforma querida pelo Vaticano II e, sobretudo, para reavivar a fé que, como escreveu o Santo Padre na carta aos bispos, de 10 de março de 2009, corre o risco de apagar-se em muitos lugares do mundo.
Semana Santa do Papa ao vivo pela internet
3/29/2010 06:55:00 AM | Postado por
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Por ocasião da Semana Santa e da Páscoa, Pope2You (www.pope2you.net) oferece ao vivo, em vídeo, as celebrações presididas por Bento XVI.
Pela primeira vez, o site para jovens, promovido pelo Conselho Pontifício para as Comunicações Sociais, transmite estes eventos com comentários em 5 idiomas (espanhol, inglês, italiano, francês e alemão).
O serviço é oferecido e promovido peloCentro Televisivo Vaticano, pela Rádio Vaticano e pelo site da Santa Sé, com o apoio técnico da agência multimédia H2onews.org.
Além deste serviço, Pope2You volta a apresentar uma coleção de cartões virtuais para felicitar pela Páscoa da Ressurreição com imagens do Santo Padre, que podem ser compartilhados com os amigos através do Facebook, do e-mail ou podem ser baixados no próprio computador.
Curitiba recebe exposição sobre Santo Sudário e seus mistérios
3/28/2010 08:58:00 AM | Postado por
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A exposição científica sobre uma das mais intrigantes relíquias da história, o Santo Sudário, chegará a Curitiba no dia 30 março, no Palladium Shopping Center.
Entre outras atrações, estarão reunidos objetos de diversas partes do mundo, entre eles o facsímile produzido diretamente em Turim e a reconstituição artística do Homem do Sudário.
Também poderão ser vistos o holograma completo da imagem sindônica, produzido pelo cientista holandês Petrus Soons; réplicas dos flagelos, coroa de espinhos e pregos, produzidos em Israel; estudos sobre imagens florais presentes no lençol, do botânico israelense Aminoan Danim.
Painéis interativos ilustram a exposição e explicam de forma dinâmica as conclusões dos cientistas sobre o misterioso lençol. Conferências dos maiores especialistas em Sudário do mundo e visitas com guias com grupo estão previstas.
O Sudário está guardado na catedral de Turim na Itália. É um tecido muito estudo por disciplinas como arqueologia, palinologia, hematologia, medicina forense, microbiologia, história, semiótica, numismática.
Estudiosos admitem existir grande coincidência entre as marcas impressas no tecido e o que os Evangelhos relatam sobre a Paixão de Cristo.
Segundo explica o website da exposição, http://www.homemdosudario.com.br, a coincidência começa pelo fato de que o lençol foi confeccionado segundo antigas técnicas do Egito e da Síria.
Nele há diversas manchas de sangue humano do tipo AB, mais comum em judeus. A análise do sangue indicou uma substância cicatrizante do fígado - a bilirrubina - produzida quando o corpo é gravemente traumatizado. O estudo constatou também cromossomos do tipo X e Y, confirmando que seria uma pessoa do sexo masculino.
Foram descobertos também dezenas de tipos de pólens no Sudário. As espécies de plantas foram identificadas: trata-se de plantas comuns do Vale do Jordão e Mar Morto, de lugares pedregosos ou salgados e regiões desérticas.
A análise médico-forense mostra que o homem do Sudário possuía altura entre 1,75 e 1,80m, com idade estimada de 30 a 37 anos, de raça semítica. No lençol há marcas que indicam que o Homem do Sudário foi açoitado e os ângulos das feridas permitem deduzir que havia dois flageladores. Já na imagem da cabeça há cerca de quarenta feridas causadas por objetos pontiagudos. Há também marcas de feridas nas mãos e pés que coincidem com as de um homem crucificado.
Maria Aparecida de Oliveira, gerente de Marketing do Palladium Shopping Center, afirmou que é uma honra receber uma exposição de tamanha importância.
"É a primeira vez que um shopping no Brasil recebe uma exposição científica internacional de imenso valor. Ela não tem como objetivo trazer conclusões e sim reflexões sobre um tema tão polêmico”, disse.
A Exposição “Quem é o Homem do Sudário” tem abertura ao público neste dia 30 de março, no Palladium Shopping Center, Piso L3, em Curitiba.
Família: central para vida da sociedade, indica Papa
3/27/2010 06:49:00 AM | Postado por
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A família é fundamental para a vida de uma sociedade sadia, indicou Bento XVI ontem, ao receber no Vaticano os bispos dos países escandinavos (Dinamarca, Finlândia, Islândia, Noruega e Suécia) em visita ad Limina.
Recordando o enfraquecimento da instituição do matrimônio e da compreensão cristã da sexualidade humana, defendeu o direito das crianças de serem concebidas, “trazidas ao mundo e educadas dentro do matrimônio”.
“É através da relação segura e reconhecida dos seus próprios pais que elas podem descobrir sua identidade e alcançar seu próprio desenvolvimento humano”, afirmou, citando a instrução Donum Vitae.
Neste sentido, o Papa afirmou que, “em sociedades com a nobre tradição de defender os direitos de todos os seus membros, seria de esperar que a este direito dos filhos se desse prioridade, em relação a todo e qualquer alegado direito dos adultos a impor-lhes modelos alternativos de vida familiar e sem dúvida de qualquer suposto direito ao aborto”.
Abordando depois a questão da imigração, Bento XVI pediu que se garantisse a ajuda “a esses novos membros das vossas comunidades, para aprofundarem em seu conhecimento e compreensão da fé através de programas oportunos de catequese”.
Quanto à promoção das vocações, pediu que fosse feita “tanto entre os nativos quanto entre as populações imigrantes”, já que “do coração de qualquer comunidade católica sadia, o Senhor sempre chama homens e mulheres para servi-lo” na vida consagrada.
Em um âmbito mais geral, o Papa incentivou os bispos a transmitirem a mensagem social e ética da Igreja, elogiando as diversas iniciativas levadas a cabo neste sentido. E destacou o cuidado pastoral que deve ser prestado “aos casais nos quais apenas um dos cônjuges é católico”.
Constatando que a população católica do território é pequena em número e está estendida em uma ampla região, indicou que “é muito importante que percebam que, cada vez que se reúnem em torno do altar para o sacrifício eucarístico, estão participando de um ato da Igreja universal, em comunhão com os católicos do mundo inteiro”.
Destacando a importância da atividade ecumênica, animou os prelados a dedicarem suas energias à promoção de “uma nova evangelização”, priorizando “o incentivo e apoio aos vossos sacerdotes, que frequentemente têm de trabalhar isolados uns dos outros e em circunstâncias difíceis para administrar os sacramentos ao povo de Deus”.
Também pediu que comprovassem que os candidatos ao sacerdócio “estão bem preparados para esta tarefa sagrada”.
Finalmente, solicitou que garantissem “que os fiéis leigos valorizem o que seus sacerdotes fazem por eles e lhes ofereçam o ânimo e apoio espiritual, moral e material de que precisam”.
Bento XVI presidirá tríduo pascal
3/23/2010 07:02:00 AM | Postado por
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O Papa presidirá o próximo tríduo pascal no Vaticano, segundo seu programa de celebrações para esta Semana Santa, divulgado hoje pela Sala de Imprensa da Santa Sé.
No domingo, 28 de março, às 9h, ele abençoará os ramos de palmas e, ao finalizar a procissão, celebrará a Missa da Paixão do Senhor da Praça de São Pedro.
Nesse mesmo dia, ele participará da 25ª Jornada Mundial da Juventude, que tem como tema: “Bom Mestre, que devo fazer para alcançar a vida eterna?” (Mc 10, 17).
No dia 1º de abril, Quinta-Feira Santa, Bento XVI presidirá – às 9h30, na Basílica Vaticana – a Santa Missa Crismal, com os cardeais, bispos e presbíteros, tanto diocesanos como religiosos, presentes em Roma.
Esta celebração tem um significado especial “como sinal da íntima comunhão entre o pastor da Igreja universal e seus irmãos no sacerdócio ministerial”, indica o comunicado.
À tarde, o Papa começará o tríduo pascal na capela papal da Basílica de São João de Latrão, às 17h30, presidindo a concelebração da Missa, na qual lavará os pés de 12 sacerdotes.
Durante o rito, os presentes serão convidados a realizar um gesto de caridade para a reconstrução do seminário de Porto Príncipe, no Haiti. O dinheiro recolhido será entregue ao Papa no momento da apresentação das oferendas.
Ao finalizar a celebração, acontecerá o translado do Santíssimo Sacramento ao tabernáculo.
Na Sexta-Feira Santa, 2 de abril, o Bispo de Roma presidirá a celebração da Paixão do Senhor: com a liturgia da Palavra, a adoração da cruz e o rito de comunhão, na capela papal da Basílica Vaticana, às 17h.
Às 21h15, presidirá a tradicional via sacra no Coliseu de Roma. Ao concluir, dirigirá sua palavra aos fiéis e dará a bênção apostólica.
No sábado, às 21h, o Pontífice abençoará o fogo novo no átrio da Basílica de São Pedro.
Depois da entrada processional na basílica, com o círio pascal e o canto do Exsultet, presidirá a liturgia da Palavra, a liturgia batismal e a liturgia Eucarística, que será concelebrada com os cardeais.
No dia seguinte, domingo de Páscoa, Bento XVI celebrará a Missa diante do sacrário da Basílica de São Pedro, às 10h15.
O papel da família no terceiro milênio
3/22/2010 07:13:00 AM | Postado por
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A primeira década do século XXI tem sido marcada por uma “confusão de valores e uma perda de referências”, realidade que atingiu muitas famílias. Foi o que afirmou na última quarta-feira o cardeal Marc Ouellet, arcebispo de Quebec e primaz do Canadá.
O purpurado discursou sobre o tema “O papel da família no terceiro milênio”, no congresso “Oriente e ocidente: em diálogo sobre o amor e a família”, realizado nesta semana no Instituto João Paulo II para Estudos sobre a Família e o Matrimônio da Pontifícia Universidade Lateranense de Roma.
“A humanidade vive hoje uma crise sem precedentes”, afirmou o cardeal Quellet, sublinhando alguns aspectos como a crise dos recursos naturais, o colapso financeiro, o terrorismo internacional e o relativismo moral – fenômenos, segundo ele, ligados à crise da fé. “No último século, modificou-se a imagem que o homem tem de si mesmo”, afirmou.
A crise cria também uma “confusão alimentada por uma linguagem ambígua”. Por isso, observa o purpurado, a crise atual “não é tão somente uma crise moral ou espiritual, mas principalmente antropológica, pois questiona a própria humanidade”.
Magistério e família
O purpurado lembrou como o Concílio Vaticano II foi capaz de abordar os desafios que se vislumbrava às portas do terceiro milênio. Destacou também como a Constituição Pastoral Gaudium et Spes tratou da questão da família, que deve viver “segundo a graça da semelhança trinitária”.
Da mesma forma, enfatizou a importância da família como “igreja doméstica”, afirmando que esta deve ser “recolocada no coração da Igreja”.
“A união introduz a família na relação entre Cristo e a Igreja, inaugurando uma nova dinâmica. Os cônjuges devem estar empenhados em amarem-se com Deus e em Deus”, acrescentou o purpurado.
Nutrir-se de Deus para projetar-se no mundo
O cardeal Oullet destacou como a Exortação Apostólica Familiaris Consortio de João Paulo II, publicada em 1981, constitui fruto das reflexões conduzidas durante o Concílio Vaticano II sobre a vocação e o papel da família, em especial sobre a necessidade de aprofundar o tema do homem e da mulher como seres criados à imagem e semelhança de Deus.
Recordou ainda que a vocação da família é ser “igreja doméstica”, com base nas palavras de São João Crisóstomo, que dizia “Faz de tua casa uma Igreja”, enfatizando que “há ainda muito a se descobrir neste sentido”, visto que a família não é apenas “uma imagem da Igreja, mas também uma realidade eclesial”.
No matrimônio, acrescentou o purpurado, verifica-se “a unidade do ‘nós’ não de maneira simbólica, mas real”, e os esposos “se doam e recebem a Cristo também no cotidiano”, como resultado de um “carisma de unidade, fidelidade e fecundidade”.
“O amor é o caminho da perfeição humana em Cristo”, assinalou o cardeal, mostrando como o amor conjugal representa a união de Eros e ágape. “Um amor plenamente humano, sensível, espiritual, fiel, exclusivo até a morte, que não se exaure e que continua a suscitar novas vidas”.
Um amor que, à semelhança da Trindade, “comporta em si uma abertura ao Filho, e, de maneira ainda mais profunda: o Filho e o Espírito que se doam aos esposos como fruto do amor”, uma comunhão que envolve “não apenas uma abertura ao Espírito e ao Filho, mas também à sociedade”.
Deste modo, indicou o arcebispo de Quebec, a família “participa da missão salvadora da Igreja”, de modo que tantos os esposos quanto os filhos se tornam “Focolares da comunhão interpessoal habitada por Cristo e escola de liberdade”, e assim podem “responder à confusão de valores da cultura de morte, da cultura da posse e do efêmero”.
Por uma sociedade e uma economia adequadas ao homem
3/21/2010 07:17:00 AM | Postado por
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Foi realizada em Milão, no dia 13 de março, no auditório Instituto Gonzaga, uma conferência promovida pela Fundação Enzo Peserico (www.ondazioneenzopeserico.org) sobre o tema “Por uma sociedade e uma economia adequadas ao homem. Reflexões acerca da Encíclica Caritas in Veritate”.
O evento abordou o tema do desenvolvimento sob a ótica da doutrina social, da caridade que não pode ser desvinculada da verdade, contrapondo a ideologia do relativismo e do materialismo, que mostra sua falência social e econômica.
Na abertura da conferência, Sabrina Pagani Peserico, presidente da Fundação e viúva de Enzo Peserico, recordou a figura de seu marido, testemunha exemplar de uma vida cristã que, em todos os contextos, seja o familiar, o social, o educacional ou o profissional, pôde demonstrar que é possível viver de acordo com os princípios do Evangelho.
Stefano Fontana, diretor do Observatório Internacional “Cardeal Van Thuân” sobre a doutrina social da Igreja, lembrou, ao abordar o tema “Liberdade e responsabilidade: a autêntica vocação da atividade econômica”, que a encíclica Caritas in Veritate é muito mais que documento sobre economia.
O Pontífice surpreendeu ao afirmar que o princípio de gratuidade e a lógica do dom, como expressões da fraternidade, podem e devem encontrar lugar dentro da atividade econômica normal (n. 36). Fontana partiu desse ponto para demonstrar a necessidade da economia estar sustentada por elementos não-econômicos.
De fato, o dom não pode ser colocado como algo alheio à atividade econômica, mas deve estar nela inserido como um princípio. Este representa a vocação da atividade econômica enquanto indica sua autêntica natureza e seus fins últimos, mas a economia não poderá reconhecê-lo e acolhê-lo se este já não estiver nela contido; não se pode desejar algo que não se conhece previamente.
Para Fontana, isto explica não apenas a natureza da relação entre a economia e a lógica do dom, mas também a da relação entre razão e fé, entre justiça e caridade. Nenhuma destas dimensões se estabelece por si, de modo independente da verdade; cada qual é constituído mediante um sentido que é derivado dos demais. Este sentido estabelecido não pode ser produzido, apenas acolhido no dom.
Fontana pôde assim atingir o âmago do ensinamento contido na Caritas in Veritate, que é precisamente a verdade e o amor. A experiência, de nossa parte, destas categorias, é de um sentido que nos é dado como dom, do qual dependem nossa identidade e dignidade.
Abre-se assim o caminho para um “posto para Deus no mundo”, à luz de uma verdade e sob o calor de um amor que desvela a verdade e a dignidade de todas as coisas – incluindo a economia.
Stefano Zamagni, professor de economia política na Universidade de Bolonha, desenvolveu o tema das “Raízes da crise e a busca pela harmonia perdida”, no qual indagou o porquê da Caritas in Veritate ser tão estudada e discutida.
Para ele, o motivo é que esta aborda com clareza os três principais paradoxos associados ao mal-estar em nossa civilização. O primeiro destes paradoxos é o de que enquanto se observa um aumento de renda, as desigualdades aumentam em maior proporção. O segundo, é que dispomos de um sistema agroalimentar capaz de sustentar 12 bilhões de pessoas enquanto ainda se morre de fome e desnutrição em larga escala. O terceiro é o paradoxo da felicidade: excedida a renda de 32 mil dólares, novos aumentos na riqueza fazem diminuir o índice de felicidade.
Tais considerações colocam em cheque a própria essência do modelo capitalista e o próprio sentido da atividade econômica. Ninguém pode prescindir da felicidade. Segundo Zamagni, a Caritas in veritate denuncia a existência de três perigosas separações. A primeira é a separação entre a economia e a sociedade. Economia tem sido, de fato, associada à produção de riqueza segundo critérios de eficiência, enquanto que a sociedade recebe a atribuição de redistribuí-la de acordo com o critério da solidariedade.
A segunda é a separação entre trabalho e riqueza. Até então, pensava-se que a riqueza derivasse do trabalho, mas hoje, com a atividade financeira e especulativa, já não se pensa assim. Assim, contraria-se a doutrina social da Igreja, para a qual o trabalho é colaboração na obra criativa de Deus.
A terceira separação é a que se estabelece entre mercado e democracia, uma vez que se considera que as leis de mercado têm sua origem no próprio mercado. Segundo Zamagni, a Caritas in Veritate indica três princípios para guiar o restabelecimento da harmonia, recompondo estas fraturas. O primeiro é o de que a fraternidade deve ser inserida no seio dos mercados, e não acrescentada como anexo. O segundo princípio é o da “liberdade para”, que coincide com o problema educativo e com a emergência educacional. O terceiro é o do bem comum, que não é um bem total, soma dos bens individuais, mas sim o produto de uma ética das virtudes.
Massimo Introvigne, sociólogo das religiões e vice-chefe da Aliança Católica Nacional, tem concluído os debates com uma palestra sobre o tema "Fé, Razão, pessoa, comunidade", percorrendo quatro aspectos da encíclica não tratados pelos oradores anteriores: a natureza e fundamento da doutrina social da Igreja; a memória da encíclica do Papa Paulo VI, Populorum Progressio; uma descrição de quão profundamente foi mudada a sociedade ao longo dos mais de quarenta anos que separam esses textos; e, finalmente, uma apresentação dos principais desafios que, no presente contexto, devem-se concentrar as ações tomadas à luz da doutrina social da Igreja.
Denunciando os riscos do relativismo, Introvigne lembrou que defender a verdade, anunciando-a e testemunhando-a, constitui uma forma de caridade. A propósito da Populorum Progressio, Bento XVI reafirmou a necessidade de lê-la à luz da Tradição da doutrina social da Igreja.
E ao substantivo "desenvolvimento", o Pontífice assoma sempre o adjetivo "integral", para enfatizar que o desenvolvimento do qual fala a Igreja não se restringe ao desenvolvimento econômico.
Se, concomitantemente ao crescimento do produto interno de uma sociedade registra-se também um aumento no número de suicídios e abortos, ou se alastra o ateísmo, não estamos diante de um desenvolvimento autêntico. Como afirmou Bento XVI: “é preciso afirmar que hoje a questão social tornou-se radicalmente antropológica” (n. 75).
Para concluir, se excluirmos a dimensão espiritual, não lograremos superar a crise de nossos dias, nem a crise econômica, nem a crise da solidão, e o desenvolvimento integral verdadeiro não se concretizará.
O evento abordou o tema do desenvolvimento sob a ótica da doutrina social, da caridade que não pode ser desvinculada da verdade, contrapondo a ideologia do relativismo e do materialismo, que mostra sua falência social e econômica.
Na abertura da conferência, Sabrina Pagani Peserico, presidente da Fundação e viúva de Enzo Peserico, recordou a figura de seu marido, testemunha exemplar de uma vida cristã que, em todos os contextos, seja o familiar, o social, o educacional ou o profissional, pôde demonstrar que é possível viver de acordo com os princípios do Evangelho.
Stefano Fontana, diretor do Observatório Internacional “Cardeal Van Thuân” sobre a doutrina social da Igreja, lembrou, ao abordar o tema “Liberdade e responsabilidade: a autêntica vocação da atividade econômica”, que a encíclica Caritas in Veritate é muito mais que documento sobre economia.
O Pontífice surpreendeu ao afirmar que o princípio de gratuidade e a lógica do dom, como expressões da fraternidade, podem e devem encontrar lugar dentro da atividade econômica normal (n. 36). Fontana partiu desse ponto para demonstrar a necessidade da economia estar sustentada por elementos não-econômicos.
De fato, o dom não pode ser colocado como algo alheio à atividade econômica, mas deve estar nela inserido como um princípio. Este representa a vocação da atividade econômica enquanto indica sua autêntica natureza e seus fins últimos, mas a economia não poderá reconhecê-lo e acolhê-lo se este já não estiver nela contido; não se pode desejar algo que não se conhece previamente.
Para Fontana, isto explica não apenas a natureza da relação entre a economia e a lógica do dom, mas também a da relação entre razão e fé, entre justiça e caridade. Nenhuma destas dimensões se estabelece por si, de modo independente da verdade; cada qual é constituído mediante um sentido que é derivado dos demais. Este sentido estabelecido não pode ser produzido, apenas acolhido no dom.
Fontana pôde assim atingir o âmago do ensinamento contido na Caritas in Veritate, que é precisamente a verdade e o amor. A experiência, de nossa parte, destas categorias, é de um sentido que nos é dado como dom, do qual dependem nossa identidade e dignidade.
Abre-se assim o caminho para um “posto para Deus no mundo”, à luz de uma verdade e sob o calor de um amor que desvela a verdade e a dignidade de todas as coisas – incluindo a economia.
Stefano Zamagni, professor de economia política na Universidade de Bolonha, desenvolveu o tema das “Raízes da crise e a busca pela harmonia perdida”, no qual indagou o porquê da Caritas in Veritate ser tão estudada e discutida.
Para ele, o motivo é que esta aborda com clareza os três principais paradoxos associados ao mal-estar em nossa civilização. O primeiro destes paradoxos é o de que enquanto se observa um aumento de renda, as desigualdades aumentam em maior proporção. O segundo, é que dispomos de um sistema agroalimentar capaz de sustentar 12 bilhões de pessoas enquanto ainda se morre de fome e desnutrição em larga escala. O terceiro é o paradoxo da felicidade: excedida a renda de 32 mil dólares, novos aumentos na riqueza fazem diminuir o índice de felicidade.
Tais considerações colocam em cheque a própria essência do modelo capitalista e o próprio sentido da atividade econômica. Ninguém pode prescindir da felicidade. Segundo Zamagni, a Caritas in veritate denuncia a existência de três perigosas separações. A primeira é a separação entre a economia e a sociedade. Economia tem sido, de fato, associada à produção de riqueza segundo critérios de eficiência, enquanto que a sociedade recebe a atribuição de redistribuí-la de acordo com o critério da solidariedade.
A segunda é a separação entre trabalho e riqueza. Até então, pensava-se que a riqueza derivasse do trabalho, mas hoje, com a atividade financeira e especulativa, já não se pensa assim. Assim, contraria-se a doutrina social da Igreja, para a qual o trabalho é colaboração na obra criativa de Deus.
A terceira separação é a que se estabelece entre mercado e democracia, uma vez que se considera que as leis de mercado têm sua origem no próprio mercado. Segundo Zamagni, a Caritas in Veritate indica três princípios para guiar o restabelecimento da harmonia, recompondo estas fraturas. O primeiro é o de que a fraternidade deve ser inserida no seio dos mercados, e não acrescentada como anexo. O segundo princípio é o da “liberdade para”, que coincide com o problema educativo e com a emergência educacional. O terceiro é o do bem comum, que não é um bem total, soma dos bens individuais, mas sim o produto de uma ética das virtudes.
Massimo Introvigne, sociólogo das religiões e vice-chefe da Aliança Católica Nacional, tem concluído os debates com uma palestra sobre o tema "Fé, Razão, pessoa, comunidade", percorrendo quatro aspectos da encíclica não tratados pelos oradores anteriores: a natureza e fundamento da doutrina social da Igreja; a memória da encíclica do Papa Paulo VI, Populorum Progressio; uma descrição de quão profundamente foi mudada a sociedade ao longo dos mais de quarenta anos que separam esses textos; e, finalmente, uma apresentação dos principais desafios que, no presente contexto, devem-se concentrar as ações tomadas à luz da doutrina social da Igreja.
Denunciando os riscos do relativismo, Introvigne lembrou que defender a verdade, anunciando-a e testemunhando-a, constitui uma forma de caridade. A propósito da Populorum Progressio, Bento XVI reafirmou a necessidade de lê-la à luz da Tradição da doutrina social da Igreja.
E ao substantivo "desenvolvimento", o Pontífice assoma sempre o adjetivo "integral", para enfatizar que o desenvolvimento do qual fala a Igreja não se restringe ao desenvolvimento econômico.
Se, concomitantemente ao crescimento do produto interno de uma sociedade registra-se também um aumento no número de suicídios e abortos, ou se alastra o ateísmo, não estamos diante de um desenvolvimento autêntico. Como afirmou Bento XVI: “é preciso afirmar que hoje a questão social tornou-se radicalmente antropológica” (n. 75).
Para concluir, se excluirmos a dimensão espiritual, não lograremos superar a crise de nossos dias, nem a crise econômica, nem a crise da solidão, e o desenvolvimento integral verdadeiro não se concretizará.
Homenagem a Chiara Lubich, fundadora dos Focolares
3/18/2010 12:17:00 PM | Postado por
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O movimento dos Focolares celebrou o segundo aniversário da morte de sua fundadora, Chiara Lubich, falecida no dia 14 de março de 2008 em Rocca di Roma, perto de Roma.
L’Osservatore Romano dedicou vários artigos a Chiara Lubich, em suas edições dos dias 14 e 16 de março.
Em Roma, a presidente atual do movimento dos Focolares, Maria Voce, relembrou a vida de Chiara Lubich, marcada por seu grande desejo de unidade, durante um congresso organizado dia 14 de março, em Roma, para homenagear a fundadora dos Focolares.
“Celebramos uma vida, uma vida pela unidade que começou com Chiara Lubich, portadora de um evidente e grande dom de Deus, e que quis continuar levando frutos de um extremo ao outro da terra, e para benefício de toda a humanidade”, indicou Maria Voce.
“Essa vida é expressa em milhares de realizações concretas da espiritualidade da unidade que ela nos deixou”, acrescentou.
Durante o congresso, o cardeal Stanislaw Rylko, presidente do Conselho Pontíficio para os Leigos, também evocou a fundadora dos Focolares como “uma figura que marcou profundamente a vida da Igreja e do mundo no século XX”.
Ela foi “um grande sinal de esperança, com os diferentes carismas concedidos pelo Espírito Santo na Igreja de hoje”, afirmou.
Uma vida com base na sabedoria e na unidade
Por sua vez, o presidente do Conselho Pontíficio para a Cultura, Dom Gianfranco Ravasi, se deteve na “sabedoria” e na “unidade” em que se baseou a existência de Chiara Lubich.
Na missa que presidiu dia 13 de março em sua memória, evocou a sabedoria como “um grande dom de Deus que necessita da inteligência, mas sobre tudo de uma grande carga de humanidade, de uma grande capacidade para dar sentido e sabor à existência”.
Respeito à unidade, não significa somente “estar uns ao lado dos outros”, sim experimentar “que eu estou em você e você em mim, segundo diz o Evangelho”: uma unidade que é “comunhão”.
E concluiu em sua homilia com a oração de Chiara Lubich: “Te amo porque entrou na minha vida mais do que o ar em meus pulmões, mais que o sangue em minhas veias. Entrou onde ninguém podia entrar, quando ninguém podia me ajudar, cada vez que ninguém podia me consolar. Toda vez eu lia a explicação em tuas palavras, a solução em seu amor”.
Um movimento reconhecido em 1964
Nascida em Trento dia 22 de janeiro de 1920, Chiara Lubich fundou o movimento dos Focolares em 1943.
Lançado sob bombardeios da Segunda Guerra Mundial e entre os pobres de Trento, esse movimento, focado na renovação espiritual e social, começou como uma aventura que ela mesma qualificava como “aventura divina”.
Chiara Lubich não tinha mais que 23 anos quando decidiu se consagrar de maneira definitiva e total a Deus.
Seu movimento é hoje fonte de inspiração para mais de quatro milhões de pessoas, das quais mais de cem mil são membros ativos e comprometidos.
Sua influência vai além da religião católica, chegando a milhões de pessoas de diferentes Igrejas e de diferentes religiões (judeus, muçulmanos, budistas, hindus) ou de convicções não religiosas, todas aplicadas em um mesmo projeto: viver e difundir a fraternidade universal, contribuir com a edificação de uma só família humana.
Reconhecido oficialmente pelo nome de “Obra de Maria” em 1964, o movimento dos Focolares levantou um grande número de lugares de formação espiritual e social, assim como encontros ecumênicos e inter-religiosos.
A estratégia de um bispo para fazer florescer o seminário em sua diocese
3/17/2010 12:25:00 PM | Postado por
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“Quando cheguei à diocese de Tarazona, em 2005, encontrei um seminário quase vazio”, explicou Dom Demetrio Fernández em uma carta pastoral redigida para a ocasião do próximo Dia do Seminário, celebrado na maior parte das dioceses espanholas em 19 de março.
“Não podia me resignar a uma realidade tão humilhante, tão desencorajadora para uma diocese, e comecei orando insistentemente ao Senhor para que enviasse trabalhadores para sua messe, para que abrisse uma saída”, confessou ele.
“Pedi orações a muitos conventos de clausura de nossa diocese e de toda a Espanha” – continuou. “Pude constatar que muitos oraram pelo seminário de Tarazona”.
Após consolidar estas bases espirituais, tomou uma decisão de caráter concreto: organizar um curso de espiritualidade “para intensificar a vida espiritual dos dois seminaristas que estavam prestes a ser ordenados”.
Esta medida conferiu novos ares ao seminário de Tarazona. A partir de então, a vida no seminário passou a ser organizada no aspecto tríplice da disciplina, da espiritualidade e dos estudos.
Atualmente, 14 seminaristas estão sendo preparados para o sacerdócio, estudando no Centro Universitário de Estudos Teológicos da Imaculada, ligado à Faculdade São Damaso de Madri.
“Não procuramos por ninguém, e eis que 40 jovens bateram à nossa porta”, lembrou.
O bispo agradeceu à diocese de Tarazona por “suas orações e pelo apoio de todo tipo”, bem como a todas as pessoas que “se comprometeram com as intenções do bispo”.
“Dentre as tribulações próprias da vida pastoral, que não foram poucas, esta foi a mais bela graça que Deus concedeu ao longo destes cinco anos para mim, para a diocese e para a Igreja”, afirmou Dom Fernández, recentemente nomeado bispo de Córdoba, diocese que conta com cerca de 50 seminaristas.
Cinco dos jovens que ingressaram no seminário de Tarazona nos últimos cinco anos já foram ordenados, e outros cinco devem ser ordenados em breve.
São parte dos 1.265 seminaristas em formação na Espanha este ano – 42 a mais que no ano anterior.
O aumento é um estímulo neste Ano Sacerdotal, especialmente considerando a tendência de diminuição registrada nos últimos nove anos.
Bispos de Hiroshima e Nagasaki pedem o fim das armas nucleares
3/16/2010 12:27:00 PM | Postado por
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Os bispos católicos de Hiroshima e Nagasaki – as únicas cidades a sofrerem bombardeios nucleares em tempo de guerra – exortaram os líderes mundiais a abolir as armas nucleares em todo o mundo – cujo o número, segundo eles, pode chegar à cifra de 20 mil ogivas.
Mitsuaki Takami, bispo de Nagasaki, Joseph Atsumi Misue, bispo de Hiroshima, publicaram uma declaração conjunta em 26 de fevereiro, às vésperas das reuniões da cúpula de segurança nuclear em Washington, prevista para abril, e da conferência de revisão do Tratado de Não Proliferação Nuclear, que será realizada em maio em Nova York.
“Como bispos da Igreja Católica de Hiroshima e de Nagasaki, no Japão, único país do mundo a ter sido alvo de ataques nucleares, pedimos que o presidente dos EUA, o governo japonês e os líderes dos demais países façam todo o possível para abolir as armas nucleares”, afirmam eles em sua declaração.
O bispo Takami nasceu em março de 1946 em Nagasaki – a segunda cidade a sofrer um bombardeio nuclear, em agosto de 1945, ao final da Segunda Guerra Mundial. Sua mãe estava grávida quando a cidade foi bombardeada, logo após Hiroshima ter sofrido o primeiro ataque.
Os prelados afirmaram que o pecado dos bombardeios atômicos sobre as duas cidades japonesas “não pode ser unicamente atribuído aos EUA”, “mas também aos demais países, incluído o Japão, que persistiram na guerra durante o curso de sua história”.
No documento, exortam os EUA a “limitarem o propósito de seu arsenal atômico unicamente para dissuadir outros de usá-las”, pedindo que seja dado “ao menos um primeiro passo” na direção da eliminação das armas nucleares e por uma revisão da Doutrina Nuclear dos EUA.
Os bispos pedem ainda ao Japão, que firmou um tratado bilateral de segurança com os EUA, que “demonstre que agirá por si mesmo pela abolição total das armas nucleares”.
O Japão, afirmam os prelados, “tem uma postura excessivamente passiva” na discussão da redução dos arsenais nucleares norte-americanos, porque o país estaria sob a proteção do “guarda-chuva” nuclear dos EUA.
Paralelamente, um grupou de nove Igrejas da Grã-Bretanha lançou uma campanha semelhante, na qual exortam o governo britânico "a empenhar-se para livrar o mundo das armas nucleares, construindo assim um futuro mais seguro para todos".
A campanha de título “Este é o momento” reuniu representantes do Conselho Mundial das Igrejas e outros organismos, com o intuito de exercer pressão sobre os governos de todo o mundo para que todo o material passível de emprego para a fabricação de armas atômicas seja colocado sob controle internacional, e favorecer acordos que tornem ilegal o uso deste tipo de armamento pela Convenção sobre as Armas Nucleares.
A aliança inclui a Igreja da Inglaterra, a Igreja Presbiteriana da Escócia, a Igreja Metodista, a União Batista da Grã-Bretanha, os Quakers, a Igreja Unida Reformada a Conferência Episcopal Católica da Inglaterra e do País de Gales e a Conferência Episcopal Católica da Escócia.
Papa faz convite a jovens: considerar a vocação
3/16/2010 12:25:00 PM | Postado por
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Bento XVI convida os jovens a colocar-se à escuta de Deus para descobrir qual é o plano pensado por Ele para as suas vidas, na Mensagem para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) deste ano, divulgada hoje.
A JMJ de 2010, cujo tema é “Bom Mestre, o que devo fazer para alcançar a vida eterna?”, supõe um acontecimento especial, afirma o Papa, ao cumprir-se o 25º aniversário da instituição destes encontros pelo Papa João Paulo II.
O Pontífice afirma que a iniciativa do seu predecessor foi “profética”, sublinhando que “trouxe frutos abundantes, permitindo às novas gerações cristãs encontrarem-se, entrarem em atitude de escuta da Palavra de Deus, de descobrir a beleza da Igreja e de viver experiências fortes de fé que levaram muitos à decisão de entregar-se totalmente a Cristo”.
O lema da JMJ deste ano se refere ao episódio do encontro de Jesus com o jovem rico, tema já abordado por João Paulo II em 1985, em sua primeira carta dirigida aos jovens.
Projeto de vida
No jovem do Evangelho, explica Bento XVI, “podemos ver uma condição muito similar à de cada um de vós”.
“Também vós sois ricos de qualidade, de energias, de sonhos, de esperanças: recursos que vós possuís em abundância! – escreve o Papa. A vossa própria idade é uma grande riqueza, não somente para vós, mas também para os outros, para a Igreja e para o mundo.”
“A etapa da vida em que estais imersos é tempo de descoberta: dos dons que Deus vos deu e das vossas responsabilidades”, recorda, acrescentando que é também “tempo de escolhas fundamentais para construir vosso projeto de vida”.
“É o momento, portanto, de interrogar-vos sobre o autêntico sentido da existência e de perguntar-vos: ‘Estou satisfeito com minha vida? Está faltando alguma coisa?’.”
O Papa reconhece que os jovens, como aquele do Evangelho, talvez vivam “situações de instabilidade, de turbação ou de sofrimento”, que os levam a “aspirar a uma vida que não seja medíocre” e a perguntar-se “em que consiste uma vida bem sucedida?” e “qual poderia ser o meu projeto de vida?”, para que esta tenha “pleno valor e sentido”.
“Não tenhais medo de enfrentar essas questões! – exorta. Longe de oprimir-vos, elas expressam as grandes aspirações que estão presentes em vosso coração.”
“Portanto – acrescenta –, devem ser ouvidas. Elas aguardam respostas que não sejam superficiais, mas capazes de atender às vossas autênticas expectativas de vida e de felicidade”.
“Para descobrir o projeto de vida que pode tornar-vos plenamente felizes, colocai-vos à escuta de Deus, que tem um plano de amor por cada um de vós”, aconselha o Papa.
“Com confiança, perguntai-lhe: ‘Senhor, qual é o vosso plano de Criador e Pai sobre a minha vida? Qual é a vossa vontade? Eu desejo realizá-la’. Tende certeza de que Ele vos responderá. Não tenhais medo da sua resposta!”
Acolher a vocação
Por ocasião do Ano Sacerdotal, o Pontífice dedicou um pensamento especial àqueles que sentem o chamado à vida consagrada.
Neste sentido, convidou os jovens a estarem “atentos se o Senhor convida para um dom maior, na via do sacerdócio ministerial, e a permanecer disponíveis para acolher com generosidade e entusiasmo este sinal de especial predileção, traçando, com a ajuda de um sacerdote, do diretor espiritual, o necessário caminho de discernimento”.
A vocação cristã “brota de uma resposta de amor do Senhor e só pode se realizar graças a uma resposta de amor”, sublinha o Papa.
“Não tenhais medo, então, queridos jovens e queridas jovens, se o Senhor vos chama à vida religiosa, monástica, missionária ou de especial consagração: Ele sabe doar profunda alegria àqueles que respondem com coragem!”
Da mesma forma, convidou os que sentem o chamado ao matrimônio a “acolhê-lo com fé, empenhando-se em colocar uma base sólida para viver um amor grande, fiel e aberto ao dom da vida, que é riqueza e graça para a sociedade e para a Igreja”.
Em todos estes casos, trata-se de responder ao projeto que Deus tem para cada um. “A exemplo de muitos discípulos de Cristo, também vós, queridos amigos, acolhei com alegria o convite para o discipulado, para viver intensamente e de modo frutífero neste mundo”, conclui o Papa.
“Nunca é tarde demais para responder-lhe!”
Adoração X Veneração
3/15/2010 12:41:00 PM | Postado por
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Nós, católicos, somos comumente acusados de adorar imagens e santos, e de sermos idólatras, entre outros. Não sei quanto a você, mas, quantas vezes, eu já me vi em situações embaraçosas com irmãos de outras denominações religiosas no que diz respeito a esse assunto. E quando não conhecemos a doutrina de nossa Igreja, é muito comum sairmos dessas situações com raiva, frustrados, ou coisa parecida.
Na verdade, nós precisamos aprender mais sobre a nossa fé. Precisamos aprender aquilo que professamos. O católico não adora imagens. O católico venera os santos. Existe uma diferença entre adoração e veneração.
Adorar = Prestar culto a...
Venerar = Reverenciar, fazer memória, ter grande respeito...
A adoração ocorre quando existe um culto no qual é envolvido um sacrifício. Se você pegar o Antigo Testamento, vai encontrar várias passagens bíblicas que mostram que quando os judeus iam adorar, ofereciam algum animal em sacrifício a Deus. Esse tipo de sacrifício é conhecido como “sacrifício cruento”, ou seja, com derramamento de sangue. Ao morrer por nós, na Cruz, Jesus se ofereceu em sacrifício por nós. Ofereceu sua Carne e o seu Sangue. Por isso, o chamamos de Cordeiro de Deus. Na celebração da santa Missa, nós renovamos (tornamos novo) esse sacrifício. Porém, no momento da Celebração Eucarística há o “sacrifício incruento”, ou seja, sem derramamento de sangue.
Quando adoramos o Santíssimo Sacramento, adoramos o próprio Corpo de Cristo, e o fazemos somente em virtude do santo sacrifício da santa Missa, por meio do qual o pão se transforma no Corpo de Cristo e o Vinho se transforma no Sangue de Nosso Senhor. É por isso que, muitas vezes, ouvimos a Igreja nos dizer que o maior culto de adoração é a santa Missa. Não existe adoração sem sacrifício.
Já a veneração é semelhante àquilo que os filhos têm para com os pais, quando pedem algo a estes, elogiando-os, agradecendo-os... Fazem isso porque admiram, respeitam e amam os pais.
Percebe a diferença?
Então quando alguém, – que não conhece o real sentido da adoração –, vê um católico venerando um santo, acaba o acusando de fazer algo a uma criatura que, segundo ele, só caberia ao Criador. Isso acontece porque eles não vivem a real dimensão da adoração.
Mas e as imagens?
No século I, não existia máquina fotográfica. Mas as pessoas gostavam de se recordar dos entes queridos. Assim como, hoje, fotografamos alguém e guardamos aquela foto. Naquela época, se reproduziam imagens, desenhos, estátuas... Era uma prática comum. De forma que esses objetos acabaram se tornando um meio de relembrar, de fazer memória a pessoas amadas e queridas. Nós, católicos, em particular, o fazemos para prestar memória àqueles homens e mulheres que viveram a radicalidade da fé: os santos. Uma fé cheia de virtudes e, muitas vezes, de martírio. Fé esta que gerou neles a santidade.
Se não podemos ter essas imagens, tampouco podemos ter fotografias de pessoas que já se foram. Duvido muito que aqueles que nos acusam de idolatria joguem fora as fotos e lembranças de pessoas queridas. Assim como duvido que eles esqueçam das virtudes dos seus...
Nós, católicos, em especial, temos e devemos ter, sem medo, imagens dos santos e das santas de Deus em nossas casas. É importante reverenciá-los, lembrando das virtudes e do amor deles por Jesus Cristo, e pedindo-lhes a intercessão junto a Deus. Afinal, eles estão no céu. Fazem parte do corpo místico da Igreja. E se você não crê na intercessão, meu amigo, não peça que ninguém reze por você.
Adorar: somente a Deus. Prestar culto: somente a Deus.
Mas venerar? Venere, sem medo, a todos os santos e santas de Deus.
E se alguém, um dia, vier acusá-lo de idolatria ou coisa semelhante, não esquente a cabeça. Fique em paz. E lembre-se de que apenas os que participam do santo sacrifício da santa Missa é que fazem a verdadeira adoração.
Na verdade, nós precisamos aprender mais sobre a nossa fé. Precisamos aprender aquilo que professamos. O católico não adora imagens. O católico venera os santos. Existe uma diferença entre adoração e veneração.
Adorar = Prestar culto a...
Venerar = Reverenciar, fazer memória, ter grande respeito...
A adoração ocorre quando existe um culto no qual é envolvido um sacrifício. Se você pegar o Antigo Testamento, vai encontrar várias passagens bíblicas que mostram que quando os judeus iam adorar, ofereciam algum animal em sacrifício a Deus. Esse tipo de sacrifício é conhecido como “sacrifício cruento”, ou seja, com derramamento de sangue. Ao morrer por nós, na Cruz, Jesus se ofereceu em sacrifício por nós. Ofereceu sua Carne e o seu Sangue. Por isso, o chamamos de Cordeiro de Deus. Na celebração da santa Missa, nós renovamos (tornamos novo) esse sacrifício. Porém, no momento da Celebração Eucarística há o “sacrifício incruento”, ou seja, sem derramamento de sangue.
Quando adoramos o Santíssimo Sacramento, adoramos o próprio Corpo de Cristo, e o fazemos somente em virtude do santo sacrifício da santa Missa, por meio do qual o pão se transforma no Corpo de Cristo e o Vinho se transforma no Sangue de Nosso Senhor. É por isso que, muitas vezes, ouvimos a Igreja nos dizer que o maior culto de adoração é a santa Missa. Não existe adoração sem sacrifício.
Já a veneração é semelhante àquilo que os filhos têm para com os pais, quando pedem algo a estes, elogiando-os, agradecendo-os... Fazem isso porque admiram, respeitam e amam os pais.
Percebe a diferença?
Então quando alguém, – que não conhece o real sentido da adoração –, vê um católico venerando um santo, acaba o acusando de fazer algo a uma criatura que, segundo ele, só caberia ao Criador. Isso acontece porque eles não vivem a real dimensão da adoração.
Mas e as imagens?
No século I, não existia máquina fotográfica. Mas as pessoas gostavam de se recordar dos entes queridos. Assim como, hoje, fotografamos alguém e guardamos aquela foto. Naquela época, se reproduziam imagens, desenhos, estátuas... Era uma prática comum. De forma que esses objetos acabaram se tornando um meio de relembrar, de fazer memória a pessoas amadas e queridas. Nós, católicos, em particular, o fazemos para prestar memória àqueles homens e mulheres que viveram a radicalidade da fé: os santos. Uma fé cheia de virtudes e, muitas vezes, de martírio. Fé esta que gerou neles a santidade.
Se não podemos ter essas imagens, tampouco podemos ter fotografias de pessoas que já se foram. Duvido muito que aqueles que nos acusam de idolatria joguem fora as fotos e lembranças de pessoas queridas. Assim como duvido que eles esqueçam das virtudes dos seus...
Nós, católicos, em especial, temos e devemos ter, sem medo, imagens dos santos e das santas de Deus em nossas casas. É importante reverenciá-los, lembrando das virtudes e do amor deles por Jesus Cristo, e pedindo-lhes a intercessão junto a Deus. Afinal, eles estão no céu. Fazem parte do corpo místico da Igreja. E se você não crê na intercessão, meu amigo, não peça que ninguém reze por você.
Adorar: somente a Deus. Prestar culto: somente a Deus.
Mas venerar? Venere, sem medo, a todos os santos e santas de Deus.
E se alguém, um dia, vier acusá-lo de idolatria ou coisa semelhante, não esquente a cabeça. Fique em paz. E lembre-se de que apenas os que participam do santo sacrifício da santa Missa é que fazem a verdadeira adoração.
Fonte:cancaonova.com
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Bento XVI em igreja luterana de Roma para impulsionar a unidade
3/15/2010 12:22:00 PM | Postado por
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Bento XVI visitou na tarde deste domingo a igreja evangélico-luterana de Roma para seguir impulsionando a unidade de maneira que católicos e filhos da Reforma deem testemunho comum de Cristo.
“Escutamos tantas queixas pelo fato de que não se dão novos desenvolvimentos no ecumenismo, mas temos de dizer – e podemos dizer com muita gratidão – que já se dão muitos elementos de unidade”, afirmou o Papa, em um discurso que pronunciou em alemão, deixando de lado os papéis.
O pontífice convidou a dar graças pelo fato “de que estamos aqui presentes, por exemplo, neste domingo, porque cantamos juntos porque escutamos a Palavra de Deus, porque nos escutamos uns aos outros, olhando todos juntos para Cristo, e deste modo damos testemunho do único Cristo”.
A presidente da comunidade evangélico-luterana de Roma, que conta com 350 membros, a senhora Doris Esch, em sua saudação de boas-vindas em italiano e alemão, recordou que já em 1983, João Paulo II tinha visitado essa igreja, com motivo do quinto centenário do nascimento de Lutero.
O jovem pastor da comunidade, Jens-Martin Kruse, reconheceu que era “verdadeiramente um dia de alegria”.
O Papa, em seu discurso, reconheceu que “certamente não temos de nos contentar com as êxitos do ecumenismo dos últimos anos, pois não podemos beber do mesmo cálice, nem podemos estar juntos ao redor do mesmo altar”.
“Isso nos tem de entristecer, pois é uma situação pecaminosa, mas a unidade não pode ser fruto dos homens, temos de nos encomendar ao Senhor, pois Ele é o único que pode nos dar a unidade. Esperamos que Ele nos leve a esta unidade”, disse.
Citando as palavras do pastor Kruse, o Santo Padre reconheceu que o primeiro ponto de encontro entre luteranos e católicos “deve ser a alegria e a esperança que já vivemos, e a esperança de que esta unidade possa ser mais profunda”.
Após o serviço dominical, o Papa participou de um encontro de fraternidade com a comunidade e com seu pastor.
A construção da igreja evangélico-luterana, obra de Franz Schwechten, arquiteto da corte do imperador alemão Guillermo IV, foi concluída em 1922.
Cardeal Levada sobre ecumenismo: “mundo anseia pela unidade sinfônica”
3/15/2010 12:09:00 AM | Postado por
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O objetivo do ecumenismo é a união com a Igreja Católica, união essa que a transforma e enriquece, afirmou o prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, cardeal William Levada.
O cardeal se pronunciou em uma palestra na Queen's University de Kingston (Canadá), ocorrida no sábado, sobre a Constituição Apostólica Anglicanorum coetibus, documento que permite aos anglicanos entrar em plena comunhão com a Igreja Católica. O canal de televisão Salt and Light divulgou uma transcrição não oficial do discurso do purpurado.
O purpurado destacou que, para muitos anglicanos, a Constituição Apostólica representa um desenvolvimento lógico dos trabalhos realizados no âmbito do diálogo ecumênico entre anglicanos e católicos desde o Concílio Vaticano II.
Em seguida, destacou os marcos mais importantes deste trabalho, conduzido pela comissão mista internacional anglicana-católico romana (ARCIC). As conclusões alcançadas pela comissão já foram aprovadas pelas autoridades anglicanas e pelo Vaticano.
“Como resultado do trabalho da ARCIC, aumentam as esperanças nos círculos ecumênicos”, constatou o purpurado. “Muitos anglicanos e católicos viram nas declarações conjuntas um caminho para o reconhecimento mútuo de uma expressão comum de sua fé”.
Autoridade
De qualquer modo, outros obstáculos estariam à espera dos anglicanos, visto que a Comunhão Anglicana passou permitir a ordenação de mulheres e de homossexuais.
O ponto crucial nestas considerações, disse o cardeal Levada, é a questão da autoridade, a partir de duas perspectivas principais: a revelação de Deus em Jesus Cristo e nas Escrituras pretende nos dar a conhecer a vontade de Deus de uma forma que exige nossa obediência? Em segundo lugar, Deus, em Cristo, deixou à sua Igreja alguma autoridade com a qual pode assegurar que conheçamos o significado correto da revelação, em meio a interpretações humanas por vezes mutáveis?
Neste contexto, o cardeal explicou que o arcebispo de Cantuária, Rowan Williams, e Bento XVI “aprovaram a instituição da ARCIC, cuja missão é levar adiante o diálogo bilateral, com o tema ‘Igreja e Comunhão – Local e Universal’”.
Ecumenismo
Na segunda parte de sua conferência, o purpurado se concentrou no verdadeiro significado do ecumenismo.
“O objetivo do ecumenismo é a união com a Igreja Católica”, declarou.
“Trabalhar tendo em vista a união exige mudanças nas Igrejas e nas comunidades eclesiais empenhadas no diálogo” – o que, segundo ele, enriquece a Igreja Católica.
“Quando falo em enriquecimento, não me refiro ao acréscimo de elementos essenciais de santificação e verdade da Igreja Católica. Cristo estabeleceu todos os elementos fundamentais. Mas me refiro ao acréscimo de novos modos de expressar estes elementos essenciais”, disse o cardeal.
“A novidade é que às verdades e elementos perenes de santidade já presentes na Igreja Católica somam-se novas abordagens”, o que possibilita que os “vários grupos de fiéis chamados por Cristo a unirem-se em perfeita comunhão recíproca” possam fazê-lo “harmoniosamente”.
Sinfonia
Em sua explicação sobre o ecumenismo, o cardeal Levada usou como metáfora a imagem de uma orquestra.
“A união visível com a Igreja Católica pode ser comparada a uma orquestra”, afirmou.
“Alguns instrumentos são capazes de soar todas as notas, como é o caso do piano. Não há nota do piano que não possa ser tocada ao violino, harpa, flauta ou tuba, mas, quando todos estes instrumentos soam juntos as mesmas notas do piano, estas são enriquecidas e melhoradas. O resultado é sinfônico, a plena comunhão”.
“Poderíamos dizer que o movimento ecumênico pretende levar da cacofonia para a sinfonia todos aqueles que executam as mesmas notas da clareza doutrinal e a mesma atividade de santificação, observando o ritmo da conduta cristã na caridade, e preenchendo o mundo com o som esplêndido da Palavra de Deus”.
“Se os outros instrumentos são afinados com base no piano, isto não implica que, durante o concerto, estes sejam substituídos por um piano. É vontade de Deus que todos aqueles a quem Ele destina sua Palavra ouçam uma agradável melodia enriquecida pela contribuição de diversos instrumentos”.
“A unidade desejada por Cristo é visível; não é algo ilusório nem inalcançável”, concluiu.
CNBB defende reforma política com participação democrática
3/15/2010 12:08:00 AM | Postado por
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A CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) aprovou nessa quinta-feira um documento que trata da reforma política no país.
O texto, intitulado "Por uma reforma do Estado com participação democrática", assinala soluções para a crise brasileira por meio da democracia participativa e de uma reforma das estruturas do poder.
“A CNBB não tem a pretensão de apresentar o documento como se fosse uma receita para a reforma política, absolutamente”, disse o presidente do organismo, Dom Geraldo Lyrio Rocha, em coletiva de imprensa.
“A Conferência quer trazer sua contribuição para que toda a sociedade esteja envolvida nesse processo e aponta alguns sinais que possam trazer elementos para ajudar na reconstrução do Estado.”
Segundo informa a assessoria de imprensa da CNBB, Dom Geraldo Lyrio antecipou que, entre as propostas apresentadas no documento, estão a “necessidade de se rever o modelo econômico”.
Outros aspectos apresentados pelo arcebispo foram a “ampliação do campo de trabalho”, “fortalecimento das exigências éticas em defesa da vida e do meio ambiente”, “democratização do acesso a terra através da reforma agrária e também reforma urbana”, além da “preservação do planeta” e da “democratização da comunicação”.
O presidente da CNBB afirmou ainda que a reforma política brasileira não deve ser feita dentro dos gabinetes, mas sim com a participação popular. “A sociedade se tornou mais complexa e novos agentes democráticos apareceram”, disse.
O vice-presidente da CNBB, Dom Luiz Soares Vieira, destacou que a ideia de elaborar o documento aconteceu assim que começaram a aparecer no Brasil algumas crises políticas em 2009.
“Notamos que a atitude de fazer declarações pontuais tem sua importância, mas reavaliamos que agora era o momento de entrarmos naquilo que está por trás de tudo isso que ocorre no cenário político e que o Estado passa por problemas muito sérios”, disse.
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